TEORIA DE APRENDIZAGEM SEGUNDO JEAN PIAGET


1.Introdução

Psicologia é estudo científico dos processos mentais e do comportamento e do ser humano e as suas interações físicos e social, porem a psicologia de aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiencia humana, daquilo que o seu grupo social conhece para que a criança aprenda ela necessita interagir com outro seres humanos, especialmente com os adultos e com outras crianças mais experientes. Sendo assim o trabalho intitulado teoria de aprendizagem segundo jean Piaget onde procuramos apresentar detalhadamente o tema acima citado da seguinte maneira: Teoria cognitiva, teoria de aprendizagem, pedagogia da teoria de aprendizagem de Piaget, motivação para Piaget, o papel da escola na aprendizagem segundo Piaget. E o trabalho contem informações solidas acerca do tema de modo a facilitar a compreensão do leitor.
1.1.Objectivos

1.1.1.Gerais
Ø  Conhecer a teoria de aprendizagem de Piaget
1.1.2.Específicos
Ø  Identificar os estágios do desenvolvimento cognitivo;

Ø   Descrever o processo de aprendizagem segundo Piaget;
Ø   Valorizar os estágios de desenvolvimento para aprendizagem da criança.
Metodologia
Para a materialização deste trabalho foi usado o método bibliográfico que serviu de fonte para a obtenção de dados recolhidos em obras literárias.


2.TEORIA DE APRENDIZAGEM SEGUNDO JEAN PIAGET
2.1.Teoria de desenvolvimento cognitivo
A proposta de Piaget é a de que o desenvolvimento cognitivo se realiza em estágios, e por sua vez a cada estágio caracteriza certo nível de aprendizagem, o que significa que a natureza e a caracterização da inteligência mudam com o passar do tempo.

Piaget determinou o desenvolvimento intelectual nos seguintes estágios:
Ø  Sensório motor (0 a 2 anos);
Ø   Pré operacional (2 a 6 anos);
Ø   Operações concretas (7 a 11 anos) e

Ø  Operações formais (12 anos em diante), atribuídos às idades, que podem variar de indivíduo para indivíduo.
2.1.1.Estágio sensório motor (0 a 2 anos)
A criança percebe o ambiente e age sobre ele. A estimulação ambiental é fundamental ao desenvolvimento. A criança baseia-se em percepções sensoriais e em esquemas motores para resolver seus problemas práticos, tais como: jogar uma bola, bater numa caixa, pegar um objeto,..etc.
Nesta fase, embora a criança apresente uma conduta inteligente, considerasse que ela ainda não possui pensamento logico, pois ela ainda não dispõe de capacidade para representar eventos, evocar o passado e referir-se ao futuro. Está presa a situações presentes.
Para conhecer o mundo que a cerca, a criança lança mão de esquemas sensório motores Como: pegar, balançar, bater, jogar, morder objetos…etc. A criança também aplica esquemas sensório motores para conhecerem outras pessoas.
Os movimentos das mãos passam a ter coordenação com os movimentos dos olhos: olha para o que ouve, tenta alcançar objetos e a garrãos, levãos à boca e chupãos.
A partir da construção desses esquemas pela transformação da sua atividade sobre o meio, a criança vai construindo e organizando noções. A afectividade e a inteligência são aspectos que caminham juntos desde cedo e são influenciados pela socialização.

A construção da noção de “eu”, é uma das principais aquisições do período sensório motor, através da qual a criança diferencia o mundo externo do seu próprio corpo. Nesta etapa ainda, ela irá elaborar a sua organização psicológica básica, tanto no aspecto motor, quanto no perceptivo, afetivo, social e intelectual.
Ao final do primeiro ano, a criança mostrasse interessada em novidades e manifesta curiosidade. Por exemplo: deixa cair objetos para observar a queda; inventa meios para atingir seus objetivos como puxa brinquedos com cordéis e usa varas para empurrar coisas ou atrair objetos para si.
2.1.2.Estágio pré- operatório (2 a 6 anos)
É     marcado pelo aparecimento da linguagem oral e pelo desenvolvimento da capacidade simbólica, que são esquemas de acção interiorizada, acções mentais, ou seja, a criança começa a usar símbolos mentais (imagens ou palavras) que representam objetos que não estão presentes.
É   capaz de formar, por exemplo, representações de sapato, avião, seu pai, de que não se deve bater em outra criança, etc.

Tem origem o pensamento sustentado por conceitos, como por exemplo: papai se refere a uma pessoa específica, dizer “água” e mais tarde “qué água” ou “nenê qué água”, indica a expressão de um desejo.
Piaget notou várias características do pensamento ou raciocínio infantil nesta fase, descritos a seguir:
  Egocentrismo: É um pensamento que a criança centra em si mesmo, no ego, no sujeito.

 Animismo: Neste estágio, a criança atribui vida aos objetos, supondo que eles são vivos e capazes     de sentir, que as pedras crescem e que os animais podem falar e nos entender, etc.

   Antropomorfismo: É uma característica similar ao animismo, que é a atribuição de uma forma humana a objetos e animais. As nuvens, por exemplo, podem ser concebidas como rostos que sopram um hálito forte.

 Transdedutividade: A criança parte do particular para o particular, ao invés de partir
de um princípio geral para atender o particular, ou vice-versa.

Isto mostra a limitação que a criança de dois a sete anos tem na elaboração de leis, princípios e normas gerais a partir de sua experiência cotidiana, como também para julgar, apreciar ou entender a sua vida a partir de princípios gerais. A criança não percebe, quando está neste período, que uma mesma coisa, por exemplo: água quente, enquanto princípio geral, pode ser usada em diferentes situações específicas: na cozinha, para lavar louça engordurada, ao fazer a barba, para não machucar a pele do rosto, etc.
       Centralização: A criança, nesta fase, quanto aos aspectos de um objeto ou acontecimento, focaliza apenas uma dimensão do estímulo, centralizando-se nela e sendo incapaz de levar em conta mais de uma dimensão ao mesmo tempo.

O exemplo que Piaget fez para ilustrar esta característica da criança consiste em dar à ela duas bolas de massinha de modelar feitas com a mesma quantidade. Depois se transforma, à vista das crianças, uma das bolas em uma forma alongada, a “cobra”, e perguntasse à criança qual das duas, a “bola” ou a “cobra” contém mais massa. Geralmente elas dizem que a “cobra” contém mais massa (porque é mais comprida), ou que a “cobra” contém menos massa, porque
é   mais fininha, demonstrando assim a incapacidade de levar em conta os fatores comprimento e largura, ao mesmo tempo.
  Realismo Nominal: A criança pensa que o nome faz parte do objeto, ou seja, está dentro dele e é uma propriedade do objeto que ele representa. Por exemplo, o nome da Lua, está na lua, que sempre se chamou Lua e que é impossível chamá-la de qualquer outro nome.

Alguns estudos mostraram que a criança bilíngue parece adquirir bem antes que as outras,
a distinção entre o objeto e a palavra que o designa, por ter desde cedo a experiência de que um objecto chama-se de determinada forma em uma língua, mas de outra forma em outra.
    Classificação: Se colocarmos diante de crianças entre dois e quatro anos, um conjunto de formas geométricas – círculos, quadrados, triângulos – de várias cores e pedirmos que coloquem juntas as coisas que se “parecem”, elas não usam um critério definido para fazer a tarefa. Parece que agrupam as coisas ao acaso, pois não têm uma concepção real de princípios abstratos que orientam a classificação.

      Inclusão de classe: Embora após os cinco anos a criança já classifique objetos, ela ainda não consegue lidar com a “inclusão de classe”, ou seja, para ela, uma coisa não pode
pertencer, ao mesmo tempo, a duas classes.
Por exemplo, diante de um vaso que contém dez rosas vermelhas e cinco amarelas, perguntamos
à  criança se há mais rosas vermelhas ou mais amarelas, provavelmente responderá que há mais rosas vermelhas.

  Seriação: Piaget aponta que crianças pequenas, aproximadamente de quatro anos, não são capazes de lidar com problemas de ordenação ou de seriação.
Ele dá o seguinte exemplo que foi realizado em um de seus estudos: as crianças recebiam dez varas, diferentes apenas quanto ao tamanho. A criança devia escolher a vara menor. Depois disso, ouvia a seguinte instrução: “Agora tente colocar primeiro a menor, depois uma um pouco maior, depois outra só um pouco maior e assim por diante”. Muitas crianças com quatro anos não conseguiram resolver satisfatoriamente esse problema. Algumas delas fizeram ordenações casuais, outras ordenaram algumas varas, mas não todas. Crianças um pouco mais velhas já acertam problemas simples de seriação.

2.1.3.Estagio operatório concreto (7 – 11/12 anos)
Em classificações, a criança já é capaz de separar objetos com base em algumas características tais como cor, forma e tamanho.
“A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do modo concreto para chegar a abstração.
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Desenvolve a capacidade de representar uma acção no sentido inverso de uma anterior anulando a transformação observada (reversibilidade).

É   justamente a capacidade de operar uma ação em seu caminho de ida e volta (o que configura a reversibilidade), que marca passagem do estágio pré-operatório para o estágio operatório-concreto”. (FLAVELL, H. J. 2001.pp.25)
As operações mentais da criança ocorrem em resposta a objetos e situações reais. A criança usa lógica e raciocínio de modo elementar, mas somente os aplica na manipulação de objetos concretos. O pensamento agora se baseia mais no raciocínio que na percepção.
Na inclusão de classes, a criança tem uma noção mais avançada, no sentido abstrato, compreendendo as relações entre classes e subclasses, reconhecendo que um mesmo objeto poderá pertencer a duas classes ao mesmo tempo, como foi o caso das rosas vermelhas, que são uma subclasse de rosas e o vaso contém mais rosas do que rosas vermelhas.
Neste estágio, a criança começa a perceber termos de relação como: maior, menor, direita, esquerda, mais alto, mais largo, mais baixo, etc. Compreende que um irmão, é irmão de alguém; que um objeto que está à esquerda, precisa estar à esquerda de alguma outra coisa, etc.
Quanto ao especto efectivo, a criança é capaz de cooperar com os outros, trabalhar em grupo e ao mesmo tempo ter autonomia pessoal crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores morais.
2.1.4.Estágio das Operações Formais (12 anos em diante)
Ao atingir o operatório formal, o adolescente atinge o grau mais complexo do seu desenvolvimento cognitivo.

Nesta fase ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento abstrato, formal, isto
é    a criança realiza as operações lógicas, no plano das ideias, expressas numa linguagem qualquer (palavras e símbolos), sem precisar de referências concretas ou da manipulação da realidade, como era no estágio anterior.
Segundo RODRIGUES, Armando (in psicologia de aprendizagem e desenvolvimento) “O pensamento formal é hipotético dedutivo, isto é, capaz de deduzir as conclusões de puras
hipóteses e não somente através de observação real; é ele que permitirá ao adolescente estender seu pensamento até o quanto necessitar e desejar.”
Nas relações sociais, o adolescente passa por uma fase de interiorização em que aparentemente

é  anti-social. Afasta-se da família e não aceita conselhos dos adultos, mas na verdade o alvo de sua reflexão é a sociedade, com possibilidades de ser reformada e transformada.
Quanto ao aspecto afetivo, os conflitos farão parte da vida do adolescente. Deseja libertar-se do adulto, porém ainda depende dele. Necessita ser aceito pelos amigos e pelos adultos. Seu grupo de amigos serve como referência para o jovem, determinando o vocabulário, vestimentas e outros aspectos de seu comportamento. Começa a estabelecer sua moral individual, que é referenciada à moral do grupo. Os interesses dos adolescentes são diversos e facilmente mudam
Maturação: é o processo pelo qual ocorrem mudanças e crescimento progressivo nas áreas física e psicológica do organismo infantil. A hereditariedade estabelece os limites fisiológicos e psicológicos sobre os quais o ambiente atuará. As modificações orgânicas ou psíquicas resultantes da maturação são relativamente independentes de condições, experiência ou prática, originadas do ambiente externo, ou seja, trata-se de tendências inatas.
3.Teoria de aprendizagem
Piaget entende que o ensino deve acompanhar o desenvolvimento humano e este processo deve ser normal, harmoníaco e progressivo de exploração, descoberta e reorganização mental, e nessa medida, o currículo deve acompanhar o ritmo normal do seu desenvolvimento, sendo assim um determinado assunto seja ensinado a diferentes níveis consoantes os estádios de desenvolvimento acima referidos.

A aprendizagem é a aquisição e o desenvolvimento da memória e dos comportamentos, incluindo as competências, o conhecimento, a compreensão, os valores e a sabedoria. É o resultado da experiência e a meta do ensino. A aprendizagem acontece no organismo e é inferido na mudança e no comportamento do organismo. A aprendizagem só tem sentido na medida em que coincide com o processo de desenvolvimento do conhecimento, com o movimento das estruturas da consciência (ADES, 1997).
A definição insiste igualmente no facto de que a aprendizagem é o resultado da experiência ou a da prática. Estima-se que a aprendizagem trata das mudanças do comportamento que são de uma natureza relativamente permanente. Enfim, a prática reforçada é discernida como um factor essencial de aprendizagem.
Para Piaget o tipo inicial da inteligência da criança é sensório motor pós nesta fase a criança usa actividade motora como estratégias de assimilação do meio e actividade sensorial como mecanismo que poe em acção os órgãos de percepção do organismo (tacto, audição, vismão,.. etc.).
O ser humano ao nascer não trás comportamentos inactos (tem que aprender a ver, andar, brincar etc.). Como o homem não tem instintos suas estratégias de acção são aprendidas (imitação ou são inventadas) estas são as duas maneiras que o educador tem para estimular o desenvolvimento da criança, sendo assim a função do educador é estimular a criatividade.3
A aquisição de estratégias ocorre na medida em que o organismo actua sobre o meio por ensaio e erro na tentativa de assimilação da realidade, ao longo dessa actividade ocorre a acomodação (modificação de esquema de acção com objectivo de tornar eficaz a assimilação).

Para Piaget a aprendizagem se realiza como o processo de assimilação, acomodação e equilibração.
  •  Assimilação é a aquisição de novos conhecimentos e novas experiencias integrando-os ou absolvendo-os nas estruturas ou esquemas de pensamento;
  • Acomodação designa as modificações que as novas experiencias provocam nos esquemas ou estruturas de modo que haja adaptação. Para que haja uma adaptação e necessário que haja equilíbrio entre assimilação e acomodação; 

  Equilibração ocorre quando a pessoa está em contacto com um novo conhecimento, há naquele momento um desequilíbrio e surge a necessidade de voltar ao equilíbrio. Começa a adaptação externa do sujeito, e a internalização, o novo desequilíbrio volta a acontecer e pode ser provocado por carência, curiosidade, duvida.
O processo de assimilação, acomodação e equilibração realiza-se por meio de processos cognitivos em especial, através do pensamento, de uma forma activa pelo sujeito que aprende. O educador tem um papel estimulador, mediador, na aprendizagem do conceito, isto é, ajuda os alunos a construírem um novo conceito.

A teoria de Piaget é uma teoria interaccionista e construtivista. Pois defende que os educandos devem interagir com a matéria e interagirem entre si de modo a construírem novos conhecimentos estimulados e orientados pelos educadores.
Em geral o professor diz que o aluno “assimilou4 ” a lição se este compreendeu o que lhe foi explicado. E, se “compreendeu” segundo o ponto de vista do professor, “aumentou seu conhecimento.” Para Piaget assimilar não modifica o sujeito (a assimilação é o acto de “alimentar-se”, conservar no estado em que se estava anteriormente).
Para Piaget só houve “aprendizagem” se o aluno realizou uma acomodação, isto é, modificou sua maneira de agir ou de pensar, donde só uma situação problema provoca “aprendizagem”
3.1.Importância da aprendizagem

A aprendizagem já vem sendo estudada a tempo remotos, e certamente ela será sempre palco de diálogo. O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender necessitando de estímulo interno e externo. Ela capacita-o a ajustar-se adequadamente ao seu ambiente social, e também leva o individuo a viver melhor indubitavelmente a viver de acordo com o que aprende, e da sua aprendizagem os comportamentos que o possibilitam viver.
Na vida humana aprendizagem inicia do nascimento até a morte. Logo que o homem nasce começa apreender e continua a faze-lo toda sua vida. Com poucos dias aprende a chamar sua mãe com seu choro. No fim do primeiro ano familiariza-se com muitos dos objectos que
formam o seu novo mundo adquirindo certos controlos sobre as mãos e pés e, ainda, torna-se perfeitamente iniciada no processo de aquisição de linguagem falada. Aos cincos ou seis anos, vai para escola onde, por meio de aprendizagem dirigida, adquire os hábitos, as habilidades, as informações, os conhecimentos e atitudes que a sociedade considera essências ao bom cidadão. A criação de uma boa personalidade é reflexo de uma boa aprendizagem, e por meio de vários intervenientes culturas e socias o homem traz no seu alto nível o seu alicerce adquirido ao logo da vida e passa-o na sua interação com outros seres.
3.2.Pedagogia da teoria de aprendizagem de Piaget

A teoria de aprendizagem de Piaget tem suas aplicações no processo de ensino e aprendizagem no que diz respeito aos seguintes aspectos:
  •  A elaboração dos currículos adaptados as particularidades dos estádios de desenvolvimento do pensamento;
  •  A formulação dos objectivos, seleção dos métodos e meios de ensino e aprendizagem pelo professor tendo em conta as particularidades do pensamento de diferentes estágios;
  •   A consideração do aluno como o ser activo, detentor de formas próprias de assimilar e elaborar os conteúdos;
  •   A consideração das experiencias de conhecimentos anteriores dos alunos no processo de ensino e aprendizagem.

3.3.Motivação para Piaget
É   o impulso essencial da atividade cognitiva e faz parte do próprio aparato cognitivo. Assim, para explicar o desempenho intelectual não é nessecario recorrer ao conceito de tensão, gerada em uma necessidade básica, e nem a um complexo moderno de reforço secundário, formulado pelas teorias psicanalíticas e neobehavioristas,respectivamente.

A teoria motivacional de Piaget é basicamente a fim com as concepcoes da aprendizagem valorizam os impulsos de exploração, as necessidades e sensórias. Trata-se, pós, de uma teoria que constitui um ressoltado direito e logico da posição eptomologica, que admite o conhecimento como uma construção dependente da actividade do sujeito, na relação com o objecto, e nega a existência de uma realidade pronta, independente, que se impõe ao sujeito. O organismo cognoscente não é pressionado, de fora, por estímulos externo, que provocam
reacções e nem é impulsionado por necessidades orgânicas, em que a cognição cumpre uma função meramente industrial.
A necessidade de conhecer esta contida na actividade intelectual mesma e é quase idêntica a ela, uma actividade assimilativa cuja natureza essencial é funcional. Piaget considera que as reacções cognitivas, emocionais e motivacionais como interdependente em seu funcionamento. As mesmas são indissociavelmente unida no funcionamento da personalidade, isso não significa que a afetividade seja determinada pela actividade intelectual.

3.4.O papel da escola na aprendizagem segundo Piaget
O papel da escola e integrar e enriquecer o desenvolvimento normal da criança, e nessa medida o currículo deve acompanhar o ritmo normal do seu desenvolvimento. As experiencias de ensino formal não devem dissociar-se das experiencias naturais sendo desejável que sempre que possível um determinado tópico ou assunto se ensinado diferente nível, consoante o estagio de desenvolvimento. E a atenção dos educadores para que os assuntos aprender sejam apresentados tendo em conta o ponto de vista da criança que se ensina e não a maneira como os adultos compreendem o conhecimento. E isto porque as crianças não são adultos em miniaturas, mais têm as características propiás da sua idade e uma logica diferente.

Segundo Piaget a aprendizagem e um processo normal harmónico e progressivo de exploração, descoberta e reorganização mental, em busca da equilibração da personalidade.
A atenção para o facto deque o ensino deve estar de acordo com os interesses e a curiosidade da criança, deve ser significativo para ela, não apenas um papaguear de palavras proferidas por outrem, o que conduziria a um mero verbalismo. Nem demasiado difícil para não ser frustrante, nem demasiado fácil para não ser ameaçador. As tarefas e o material a apresentar devem ser selecionados e organizados de tal modo que a criança sinta uma certa tensão (benéfica) que a leva em busca da equilibração e que se traduz num desejo de apreender; é aquilo que os educadores designam muitas vezes por motivação de aprendizagem
3.5.Erro na teoria de aprendizagem de Jean Piaget
Se uma pessoa ou aluno era e continua errando, uma das três situações esta ocorrendo nele:

Se uma pessoa não tem estrutura suficiente para compreender determinado conhecimento, deve se criar melhor ambiente de trabalho, clima, diálogo…etc. Porque é impossível criar estruturas necessárias.
 Exemplo: Não se deve ensinar conhecimentos abstratos, teorias complicadas a uma criança que não atingiu a faixa etária esperada, que se encontra no período das operações concretas.

Se a pessoa possui estrutura em formação o professor, deve trabalhar com a ideia de que o erro é construtivo, deve fazer a mediação ajudando o aluno a superar as dificuldades;

 Se a pessoa possui estruturas e não aprende os procedimentos, então estão errados, o professor deve fazer intervenção para que o aluno tome consciência do seu erro, em muitos caso quem deve mudar os procedimentos é o professor.
Conclusão
Apos a elaboração do percebemos que as ideias de Piaget representam um salto qualitativo na compreensão do desenvolvimento humano de integração entre o sujeito e o mundo que o circunda e a aprendizagem deve ser efectuado de a acordo com o nível de desenvolvimento da criança (sensório motor, pré operatório, operatório concreto e operatório formal), e os conteúdos selecionados devem ser de interesse da criança e que lhe desperte curiosidade. Piaget define a aprendizagem como sendo um processo de assimilação, acomodação, equilibração que se baseia no pensamento e este fenómeno ocorre com base em interacção social, e nesta interacção a criança construi sozinho os seus conhecimentos, o papel do educador é ser mediador e orientador da aprendizagem.
A elaboração de objectivos do ensino e aprendizagem, a escolha de método e meio de ensino-aprendizagem devem adequar-se as particularidades do desenvolvimento do educando. No processo de assimilação, acomodação e equilibração há que ter em conta os conhecimentos e a experiencias anteriores do alunos, estimular e orientar os alunos na análise e síntese dos conteúdos tratados de forma a chegar a construir os novos conhecimentos.
A aprendizagem é fundamental para formação do individuo, por que segundo Piaget a criança mostra que aprendeu quando modifica a sua maneira de pensar ou agir.

Referências bibliográficas
ADES, C.1997 O Morcego, outros bichos e a questão da consciência animal psicologia, são Paulo, volume 8
AULT, R. L. Desenvolvimento cognitivo da criança: a teoria de Piagete a abordagem de
processo. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
FLAVELL, H. J. Psicologia do Desenvolvimento de Jean Piaget. São Paulo: Pioneira, 2001.
GARCÍA, R. O conhecimento em construção: das formulações de Jean Piaget à teoria de

sistemas complexos. Porto Alegre: Artmed, 2002.
LIMA, Laura de Oliveira, PIAGET, SUGESTAO PARA EDUCADORES, 2a edição, editores vozes, Brazil 2000.
RODRIGUES, Armando, BILA, Luis Ventura, PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM ENSINO A DISTANCIA, 224pp, Maputo.

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